(ENEM – 2016) Portadores de diabetes insipidus reclamam da confusão feita pelos profissionais da saúde quanto aos dois tipos de diabetes: mellitus e insipidus. Enquanto o primeiro tipo está associado aos níveis ou à ação da insulina, o segundo não está ligado à deficiência desse hormônio.

(ENEM – 2016) Portadores de diabetes insipidus reclamam da confusão feita pelos profissionais da saúde quanto aos dois tipos de diabetes: mellitus e insipidus. Enquanto o primeiro tipo está associado aos níveis ou à ação da insulina, o segundo não está ligado à deficiência desse hormônio. O diabetes insipidus é caracterizado por um distúrbio na produção ou no funcionamento do hormônio antidiurético (na sigla em inglês, ADH), secretado pela neuro-hipófisepara controlar a reabsorção de água pelos túbulos renais.

Tendo em vista o papel funcional do ADH, qual é um sintoma clássico de um paciente acometido por diabetes insipidus?
A) Alta taxa de glicose no sangue.
B) Aumento da pressão arterial.
C) Ganho de massa corporal.
D) Anemia crônica.
E) Desidratação.

GABARITO ABAIXO:

Análises da questão:

O enunciado destaca que o diabetes insipidus é frequentemente confundido com o diabetes mellitus, apesar de suas causas e sintomas serem distintos. A alternativa correta é a letra E: Desidratação. Isso porque o diabetes insipidus está relacionado à produção ou funcionamento deficiente do hormônio antidiurético (ADH), que regula a reabsorção de água nos túbulos renais.

Quando o ADH está ausente ou ineficaz, o organismo não consegue reter água adequadamente, levando à eliminação excessiva de urina (poliúria) e consequente perda de líquidos, o que causa desidratação, mesmo que o indivíduo aumente a ingestão de água (polidipsia).

Essa condição é diferente do diabetes mellitus, que se relaciona com a insulina e o nível de glicose no sangue (gabarito da letra A, incorreto aqui). As demais alternativas — pressão arterial alta, ganho de massa corporal e anemia crônica — não têm relação direta com a função do ADH.

Assim, a questão exige do aluno conhecimento sobre fisiologia renal e hormonal, habilidades valorizadas nas provas do ENEM, que frequentemente relacionam doenças com os mecanismos fisiológicos do corpo humano.


O que o ENEM quer que você saiba sobre Sistema urinário e ADH?

O hormônio antidiurético, conhecido como ADH, é essencial para a regulação da quantidade de água no corpo humano. Ele é produzido pelo hipotálamo e liberado pela neuro-hipófise. A função principal do ADH é promover a reabsorção de água nos túbulos renais, especificamente nos túbulos contornados distais e ductos coletores.

Quando o ADH atua, as células desses túbulos aumentam sua permeabilidade, permitindo que a água volte para o sangue, concentrando a urina e evitando a desidratação. No caso do diabetes insipidus, há uma falha na produção ou ação do ADH. Com isso,a reabsorção de água é comprometida, gerando grande volume de urina diluída, poliúria,e aumento na sede, polidipsia.

O corpo perde água em excesso e o risco de desidratação se eleva, mesmo com ingestão frequente de líquidos. É importante destacar que esse tipo de diabetes não tem relação com a insulina ou glicose no sangue, como ocorre no diabetes mellitus.

O ENEM costuma abordar esse conteúdo exigindo compreensão integrada entre os sistemas endócrino e urinário, relacionando hormônios, órgãos e sintomas clínicos. Essa abordagem favorece uma visão interdisciplinar da biologia, ligando o funcionamento dos hormônios às condições patológicas do organismo. Hormônios como o ADH são cobrados tanto na fisiologia humana quanto em contextos de saúde pública e doenças.


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