(ENEM – 2021) Nas angioispermas, além da fertilização da oosfera, existe uma segunda fertilização que resuta num tecido triploide.
Essa segunda fertilização foi importante evolutivamente, pois viabilizou a formação de um tecido de
A) nutrição para o fruto.
B) reserva para o embrião.
C) revestimento para a semente.
D) proteção para o megagametófito.
E) vascularização para a planta jovem.
GABARITO ABAIXO:
Análises da questão:
Esta questão aborda um fenômeno exclusivo das angiospermas: da dupla fecundação. Ao contrário de outros grupos vegetais, as angiospermas realizam dois eventos de fecundação simultâneos dentro do óvulo. O primeiro espermatozoide fecunda a oosfera, formando o zigoto (2n); o segundo espermatozoide se une aos dois núcleos polares da célula central, originando um tecido triploide (3n) chamado endosperma.
Esse tecido triploide é a chave para resolver a questão. O enunciado pergunta qual é a importância evolutiva desse tecido. Sabemos que o endosperma funciona como um tecido de reserva nutritiva, sendo fundamental para alimentar o embrião durante o desenvolvimento inicial. Por isso, a alternativa correta é a letra B – reserva para o embrião.
As demais alternativas confundem funções. O fruto é formado a partir do ovário (não do endosperma), a semente tem revestimento formado pelo tegumento do óvulo, o megagametófito é protegido antes da fecundação, e a vascularização da planta jovem é função do sistema vascular, não do endosperma.
O que o ENEM quer que você saiba sobre Dupla fecundação em angiosperma?
Um dos temas mais emblemáticos da botânica no ENEM é a dupla fecundação, característica exclusiva das angiospermas. Entender esse processo é mais do que memorizar: é compreender como as plantas com flores se tornaram tão dominantes na Terra.
Funciona assim: dentro do óvulo da flor, após a polinização, dois gametas masculinos chegam ao saco embrionário. Um deles fecunda a oosfera, formando o zigoto (2n), e o outro se une aos dois núcleos polares, formando o endosperma (3n). É daí que vem o nome “dupla fecundação”.
Mas por que isso foi uma inovação evolutiva tão importante? Simples: o endosperma é um tecido rico em nutrientes, que serve de reserva alimentar para o embrião. Assim, a planta garante energia suficiente para o desenvolvimento inicial do novo ser, aumentando as chances de sobrevivência da semente.
Essa estratégia evita o desperdício de recursos: o endosperma só se forma após a fecundação. Ou seja, só existe quando há formação real de embrião, o que é muito eficiente do ponto de vista evolutivo.
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