(UEMA 2021) Especialistas temem que doença erradicada volte a circular por conta de cobertura vacinal.
A proteção vacinal da poliomielite, no Brasil, está sofrendo queda brusca. De janeiro a julho de 2020, a cobertura atingiu 60% do público-alvo, muito abaixo dos 95% preconizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O distanciamento social e o medo causado pela pandemia da Covid-19 são listados como as causas do declínio. Os números preocupam médicos que temem um novo surto da doença já erradicada no país. A integrante do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria afirma que, atualmente, há mais de 1 milhão de crianças inadequadamente vacinadas. A poliomielite é uma doença grave que pode causar paralisia e atrofia dos membros e sua evolução pode levar à morte. Apesar de ser predominante entre as crianças com até 5 anos de idade, ela também pode afetar adultos.
https://www.metropoles.com/saude/poliomielite-volta-a-preocupar-em-cenario-de-queda-na-vacinacao
Em relação à poliomielite, é correto afirmar que se trata de uma patologia
A) infectada, unicamente, pelo vírus Epstein-Barr.
B) transmitida, principalmente, por via fecal-oral.
C) inflamatória, predominantemente, das parótidas e glândulas salivares.
D) disseminada, prevalentemente, ao filho durante a gravidez e a amamentação.
E) parasitária que agride, preponderantemente, veias do intestino e do fígado do paciente.
GABARITO ABAIXO:
Análises da questão:
A questão da UEMA 2021 aborda um tema de extrema relevância em saúde pública: a poliomielite e os riscos associados à queda da cobertura vacinal no Brasil. O enunciado destaca dados alarmantes sobre a redução da vacinação, especialmente durante a pandemia de Covid-19, e alerta para o perigo do ressurgimento de doenças já erradicadas, como a poliomielite. A questão exige do candidato conhecimento sobre a etiologia, transmissão e consequências clínicas da doença, além de sua importância epidemiológica.
Entre as alternativas, a correta é a letra B, que afirma que a poliomielite é transmitida principalmente por via fecal-oral. O poliovírus, agente etiológico da doença, é eliminado nas fezes de pessoas infectadas e pode contaminar água e alimentos, facilitando a transmissão, especialmente em locais com saneamento básico precário. As demais alternativas apresentam informações incorretas: a alternativa A associa a doença ao vírus Epstein-Barr, causador da mononucleose; a C descreve características da caxumba; a D sugere transmissão vertical, que não é a principal via da poliomielite; e a E confunde a doença com parasitoses intestinais.
A análise dessa questão evidencia a importância do conhecimento atualizado sobre doenças infecciosas e imunização, temas recorrentes nos vestibulares da UEMA. Além disso, ressalta a necessidade de políticas públicas eficazes para manter altas coberturas vacinais e evitar o retorno de doenças graves, reforçando o papel do profissional de saúde na educação e conscientização da população.
O que a UEMA quer que você saiba sobre Poliomielite e Vacinação?
A poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, é uma doença viral grave que pode causar paralisia irreversível e até levar à morte. Causada pelo poliovírus, sua principal via de transmissão é a fecal-oral, ocorrendo principalmente em ambientes com condições sanitárias inadequadas. A infecção atinge predominantemente crianças menores de cinco anos, mas adultos também podem ser acometidos, especialmente em situações de baixa imunização coletiva.
O Brasil foi considerado livre da circulação do poliovírus selvagem desde 1994, graças a campanhas de vacinação em massa e à vigilância epidemiológica. No entanto, a queda recente nas taxas de cobertura vacinal, agravada pela pandemia de Covid-19, acende um alerta para o risco de reintrodução da doença. A Organização Mundial da Saúde recomenda uma cobertura mínima de 95% para garantir a imunidade de rebanho e evitar surtos.
A poliomielite é um exemplo emblemático da importância das vacinas na prevenção de doenças infecciosas e na promoção da saúde pública. A manutenção de altas taxas de vacinação é fundamental para proteger as gerações futuras e evitar retrocessos nos avanços conquistados. O tema é recorrente em vestibulares como o da UEMA, pois envolve conhecimentos de microbiologia, epidemiologia e políticas de saúde, além de estimular a reflexão crítica sobre o papel da sociedade e do Estado na promoção da saúde coletiva.
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