(ENEM – 2021) Entre 2014 e 2016, as regiões central e oeste da África sofreram uma grave epidemia de febre hemorrágica causada pelo vírus ebola, que se manifesta em até 21 dias após a infecção e cuja taxa de letalidade (enfermos que vão a óbito) pode chegar a 90%. Em regiões de clima tropical e subtropical, um outro vírus também pode causar febre hemorrágica: o vírus da dengue, que, embora tenha período de incubação menor (até 10 dias), apresenta taxa de letalidade abaixo de 1%.

(ENEM – 2021) Entre 2014 e 2016, as regiões central e oeste da África sofreram uma grave epidemia de febre hemorrágica causada pelo vírus ebola, que se manifesta em até 21 dias após a infecção e cuja taxa de letalidade (enfermos que vão a óbito) pode chegar a 90%. Em regiões de clima tropical e subtropical, um outro vírus também pode causar febre hemorrágica: o vírus da dengue, que, embora tenha período de incubação menor (até 10 dias), apresenta taxa de letalidade abaixo de 1%.

Segundo as informações do texto e aplicando princípios de evolução biológica às relações do tipo patógeno-hospedeiro, qual dos vírus infecta seres humanos há mais tempo?
A) Ebola, pois o maior período de incubação reflete duração mais longa do processo de coevolução patógeno-hospedeiro.
B) Dengue, pois o menor período de incubação reflete duração mais longa do processo de coevolução patógeno-hospedeiro.
C) Ebola, cuja alta letalidade indica maior eficiência do vírus em parasitar seus hospedeiros, estabelecida ao longo de sua evolução.
D) Ebola, cujos surtos epidêmicos concentram-se no continente africano, reconhecido como berço da origem evolutiva dos seres humanos.
E) Dengue, cuja baixa letalidade indica maior eficiência do vírus em parasitar seus hospedeiros, estabelecida ao longo da coevolução patógeno-hospedeiro.

GABARITO ABAIXO:

Análises da questão:

Essa questão explora um conceito essencial em biologia evolutiva: coevolução entre patógenos e seus hospedeiros. O texto compara dois vírus que causam febre hemorrágica Ebola e Dengue destacando dois fatores: o tempo de incubação e a taxa de letalidade. Para resolver a questão, o aluno precisa compreender como a evolução afeta o equilíbrio entre a sobrevivência do vírus e a do seu hospedeiro.

O vírus da dengue apresenta baixa letalidade (<1%), o que sugere uma relação evolutiva mais estável com o ser humano. Isso é esperado em infecções de longa data: o vírus tende a se tornar menos letal ao longo do tempo, pois matar rapidamente o hospedeiro não é vantajoso para a própria sobrevivência do patógeno. Já o Ebola, com letalidade altíssima (até 90%), demonstra uma relação evolutiva mais recente: ainda não houve tempo suficiente para o vírus se adaptar e manter o hospedeiro vivo por mais tempo, favorecendo sua própria disseminação.

Logo, o critério evolutivo é claro: menor letalidade indica relação mais antiga entre o vírus e o hospedeiro. Além disso, o menor período de incubação da dengue também favorece sua propagação mais eficiente — outro indício de coevolução.

Gabarito: Letra E — Dengue, cuja baixa letalidade indica maior eficiência do vírus em parasitar seus hospedeiros, estabelecida ao longo da coevolução patógeno-hospedeiro.


O que o ENEM quer que você saiba sobre coevolução patógeno-hospedeiro?

O tema central é a coevolução entre patógenos (vírus) e seus hospedeiros (nós, humanos). Para se dar bem em questões como essa, o estudante precisa entender que a evolução não favorece o vírus mais letal, mas sim o mais eficiente em se espalhar sem matar o hospedeiro rapidamente.

A lógica evolutiva é a seguinte: se o vírus mata o hospedeiro antes que ele tenha tempo de transmitir a infecção, sua sobrevivência e dispersão são prejudicadas. Portanto, vírus como o da dengue, que causam sintomas mais brandos e têm baixa letalidade, são evolutivamente mais “bem-sucedidos”. Já o vírus ebola, embora assustador pela sua letalidade, não consegue se espalhar com a mesma eficiência, justamente por matar rapidamente.

Esse tipo de análise é valiosa porque permite compreender epidemias e como elas se comportam, além de ajudar a pensar sobre estratégias de controle de doenças e vacinação. O ENEM gosta de cobrar essas relações por meio de comparações e gráficos, sempre exigindo mais do que apenas “decoreba”.

🔍 Dica de ouro: coevolução favorece equilíbrio. Patógenos muito agressivos tendem a ser recentes. Já os que causam infecções leves ou assintomáticas estão com a gente há mais tempo — adaptaram-se à nossa biologia sem nos destruir.


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