(ENEM 2024 – Metabolismo energético bacteriano) Utilizando-se um mesmo meio nutritivo, três gêneros bacterianos diferentes foram submetidos ao cultivo em tubos de ensaio. Após certo período de crescimento da cultura bacteriana em condições físico-químicas ideais, observou-se que o padrão de distribuição das células (representadas por pontos na figura) ao longo dos tubos era diferente em cada um dos casos.
Em relação ao metabolismo energético, os microrganismos presentes nos tubos 1, 2 e 3 são classificados, respectivamente, como
A) anaeróbio facultativo, anaeróbio estrito e aeróbio estrito.
B) anaeróbio facultativo, aeróbio estrito e anaeróbio estrito.
C) aeróbio estrito, anaeróbio estrito e anaeróbio facultativo.
D) anaeróbio estrito, aeróbio estrito e anaeróbio facultativo.
E) aeróbio estrito, anaeróbio facultativo e anaeróbio estrito.
GABARITO ABAIXO
Análise da questão:
A questão aborda o metabolismo energético de bactérias, explorando suas classificações com base na capacidade de utilizar ou tolerar oxigênio. Para resolvê-la, é essencial entender as características metabólicas de bactérias aeróbias, anaeróbias e facultativas:
- Tubo 1: As bactérias acumuladas na superfície do caldo são aeróbias estritas, pois dependem exclusivamente do oxigênio para realizar a respiração celular.
- Tubo 2: As bactérias no fundo do tubo são anaeróbias estritas, que não utilizam oxigênio e podem ser prejudicadas por sua presença.
- Tubo 3: A distribuição homogênea, com maior densidade na superfície, caracteriza bactérias anaeróbias facultativas, que utilizam oxigênio quando disponível, mas conseguem sobreviver em sua ausência utilizando fermentação ou outro processo anaeróbio.
Resposta correta: C) aeróbio estrito, anaeróbio estrito e anaeróbio facultativo.
O que o ENEM quer que você saiba sobre metabolismo energético bacteriano
O metabolismo energético das bactérias é uma das características mais fascinantes da microbiologia, influenciando diretamente sua sobrevivência, crescimento e distribuição em diferentes ambientes. A habilidade das bactérias em metabolizar nutrientes e produzir energia está diretamente relacionada à presença ou ausência de oxigênio, resultando em diferentes classificações metabólicas.
Bactérias aeróbias estritas dependem exclusivamente do oxigênio como aceptor final de elétrons na respiração celular. Isso permite a produção de ATP de maneira eficiente, mas limita sua sobrevivência a ambientes oxigenados. Já as anaeróbias estritas utilizam vias alternativas, como a fermentação ou a respiração anaeróbia, que não requerem oxigênio. Para essas bactérias, o oxigênio pode ser tóxico, restringindo-as a ambientes anóxicos, como sedimentos aquáticos ou intestinos de animais.
As anaeróbias facultativas combinam o melhor dos dois mundos. Quando o oxigênio está presente, elas utilizam a respiração aeróbia para maximizar a produção de ATP. No entanto, em ambientes pobres em oxigênio, elas alternam para a fermentação ou respiração anaeróbia, garantindo sua sobrevivência em condições variadas.
Essas estratégias adaptativas de metabolismo energético explicam a distribuição bacteriana em diferentes ambientes e são fundamentais para aplicações biotecnológicas. Estudos sobre o metabolismo energético de bactérias têm implicações diretas na indústria, desde o tratamento de efluentes até a produção de biocombustíveis. Além disso, compreender como diferentes gêneros bacterianos metabolizam nutrientes e geram energia pode auxiliar no desenvolvimento de novos medicamentos e no controle de doenças infecciosas.
A diversidade metabólica bacteriana não apenas ilustra a incrível capacidade de adaptação desses organismos, mas também reforça a importância do metabolismo energético na ecologia e evolução microbiana.
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