Você com certeza já ficou com a sensação de que comeu mais do que precisava, não é?
Bate aquele arrependimento. A sensação de que você podia ter parado antes pois já estava saciado.
Mas por que a gente é assim?
Bom, isso tem a ver com dois hormônios (GRELINA e LEPTINA) e, claro, a evolução.
A GRELINA é o hormônio da fome. Você libera ele quando a taxa de glicose no sangue baixa e também quando seu estômago está vazio. Ele desencadeia efeitos sobre o hipotálamo que fazem você procurar comida.
Aí, quando você está saciado, de barriguinha cheia, quem entra em ação é a LEPTINA, que avisa o seu corpo que já é hora de parar de comer.
Maaas… tem um detalhe importante nesta história. Ao longo da evolução fomos condicionados a situações em que a comida não era farta. Em um dia você se alimentava com qualidade, no outro nem tanto. Sendo assim, comer mais do que o necessário para o momento era uma questão de sobrevivência.
Por isso, quem enchia a barriga e, imediatamente, liberava LEPTINA, acabava comendo menos. Quem enchia a barriga e demorava para liberar o hormônio, acabava não ficando saciado e comia mais do que o necessário.
Este último tipo de organismo conseguia sobreviver com menos refeições por dia, tinha mais tempo para reproduzir e deixava mais descendentes.
Por este motivo nós ainda hoje demoramos cerca de 15 a 20 minutos para perceber que o nosso estômago está cheio. E, por isso, acabamos comento mais do que o necessário. Ficando, portanto, com aquela sensação de que passou dos limites (quem nunca?).
Ah, um docinho vai, mesmo que cheios, porque ele ajuda a trazer saciedade (aumenta a glicemia).
A importância destes hormônios é tão grande na nossa vida, que pode condicionar muito do nosso bem-estar e saúde. Olha um experimento mostrando um rato que tem liberação normal de LEPTINA e outro que não produz o hormônio.